Ingrid Forino



Será que a vida é uma música? Talvez uma música considerada longa, sem pausas ou reticências, com altos e baixos, melodias vibrantes ou melancólicas. Uma melodia que varia quando estamos felizes, tristes, com medo... Será que a música conta a nossa história? Os momentos que estamos vivendo? São tantas perguntas, mas no final a gente nunca vai saber se a gente que canta a música, ou a música que canta a gente.

Quem nunca se identificou com uma letra deprimida após uma grande decepção? Quem nunca cantou para o mundo uma música romantica quando se esta apaixonado? A música representa aquilo que somos, ou o que queremos ser? Depende. Para alguns a música pode representar também os nossos desejos, algo que almejamos, a felicidade inalcansável.  Para outros, a música é o momento, o agora. É simples e verdadeiro. É o retrato da realidade. Tem aqueles que preferem fantasiar e disfarçar uma realidade não tão boa, acreditar naquilo que se escuta e querer aquilo para si.

A melodia é uma representação da vida. Muitas vezes de forma sonhadora, ou exagerada. Assim como o teatro só que em forma de notas musicais. E quando as palavras falham, a música fala. Ela fala o que queremos ouvir, as vezes ela é dura conosco e nos fala o que nos faz tampar os ouvidos, ela fala da vida, o que é viver, o que somos, ou queremos ser. Para fazer valer a pena não bastam meia dúzia de notas músicais. Ninguém quer viver de meias melodias, começos sem fim. Se você quer “viver” para crer, faça você mesmo a sua sinfonia. 

por Ingrid Forino